23 de janeiro de 2015

Ghost In The Shell / O Fantasma do Futuro

Bom dia!

Influenciada pelo último Nerdoffice que saiu essa semana (se quiser ver, clique aqui), decidi ver Ghost In The Shell, uma animação japonesa da qual eu nunca ouvi falar.

Agora vou compartilhar com vocês um pouco da minha opinião sobre esta obra.


Ficha Técnica

Título: Ghost In The Shell / O Fantasma do Futuro

Gênero: Ação / Ficção Científica

Diretor: Mamoru Oshii

Ano: 1995

Sinopse: No ano de 2029, a tecnologia avançou a tal ponto que a mente humana pode ser copiada e parrada para um cérebro cibernético, que habita um corpo cibernético, que tem alma e livre arbítrio. A Major Motoko está investigando o caso de um hacker que está invadindo a mente de pessoas e controlando suas ações, vontades e memórias. Junto com Bateau e Togusa, começa a encontrar uma trama de conspirações e traições no governo. 



Minha opinião: Como eu já sabia que se tratava de uma história cyberpunk, fiquei interessada em quais os tipos de modificações e tecnologias poderiam ser apresentadas. Logo no começo do filme, somos apresentados a Motoko, mas principalmente, a como ela "nasceu" ou "foi desenvolvida" para se tornar o que é. Só nesse começo já foi um tapa na minha cara, pois pensei que então a personagem principal seria um android. Só que no decorrer do filme, descobrimos que, apesar de todo o seu corpo ser modificado e tem uma porcentagem maior de engrenagens e membros robóticos do que células, ela é humana.


Por Motoko ser humana que a história fica menos mecânica. No decorrer do filme somos apresentados a personagens que são humanos que não possuem nenhum incremento robótico em seus corpos e esses personagens tem, perceptivelmente, uma diferença de personalidade e de atitude, pois não tem os mesmos reflexos perfeitos de Motoko. Nos vemos então em uma profunda discussão filosófica da própria Major, se perguntando se realmente é humana, se realmente tem uma alma ou se ela acha que é real, mas é somente programada para aquilo.


E, depois de toda a perseguição, com o Mestre das Marionetes ter um pensamento “humano” e querer ser reconhecido como organismo vivo, não como uma máquina, na minha cabeça ficou a grande dúvida: no final, depois de todo o tiroteio e da adaptação da mente da major para outro corpo, ela se uniu a mente do ciborg ou não? O final me deixou na dúvida.


Ela pode ter percebido que era uma pessoa realmente, apesar de terem pensamentos parecidos, não poderia se unir a “mente” da máquina.


Ou ela pode ter se unido sim, ter finalmente se encontrado completa e o seu renascimento, com um corpo mais jovem – o que acabou vindo a calhar – é no caso uma representação figurativa do nascimento do “filho” obtido entre as duas mentes: a da Motoko e a do Mestre das Marionetes. E na última cena, pareceu que realmente foi isso que aconteceu.


Se foi realmente a segunda teoria, foi um final extremamente corajoso e extraordinário. Mas sinceramente espero que a Motoko não tenha se unido ao Mestre dos Marionetes não.


Eu assisti ao filme dublado em português. A dublagem está ótima, com a característica de filme dos anos 90, o que chegou a ser até nostálgico. São vozes conhecidas da nossa infância, seja de filmes ou de animes mesmo. Bem legal. Agora tentarei ver o filme em japonês, para poder ter essa experiência também.


Outro ponto que devo ressaltar é que o filme tem passagens muito legais, onde apenas assistimos o tempo passar, os personagens pensarem, a chuva cair. E foram nesses momentos onde pude observar que a sociedade em 2024 continua a mesma. Independentemente de ter ou não o corpo robótico, ser realmente humano ou não, quando todos andam na rua, não há como distinguir quem é humano, quem é modificado, quem é ciborg. E a ambientação se torna singular.


Termino aqui recomendando que você veja este filme, que é bem curtinho, porém possui uma história densa e que necessita de atenção para compreender tudo. E agora vou tentar procurar a continuação dessa história, pois preciso ter a minha resposta. =)


Beijos,

Betah Peixe


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